HAIM fala sobre Prince, Met Ball e próximo CD
O que podemos esperar para o novo álbum do grupo? Bem, Haim
está trabalhando com os produtores Ariel Rechtshaid e Rostam Batmanglij (“nosso
time dos sonhos”, diz Danielle), ambos conhecidos pelo trabalho com uma pegada
dos anos 80 com a aprovação da Charli XCX e Carly Rae Jepsen. Mas por outro
lado elas estão muito silenciosas sobre o álbum. Depois de rejeitarem minha sugestão
de pedir cervejas de happy hour, o trio se contenta com frango e queijo
grelhado, debatendo os méritos de Kraft Singles versus cheddar, fangirling
sobre bandas que elas estão animadas para ver no Governors Ball (onde elas
estarão tocando no dia 4 de Junho) e, sim, até falando um pouco sobre sua
própria música também.
Vocês já tiveram a chance de passear por NYC antes?
Este: Eu sinto que quando estamos aqui é como uma turnê de
comida – os melhores restaurantes de cada parte da cidade, cada bairro diferente.
Que pena vocês não comeram dumplings ou algo depois da nossa
sessão em Chinatown.
Alana: Joe’s Shangai é
meu favorito.
Danielle: É isso que devemos fazer depois daqui.
Eu nunca estive lá.
A: Sério?!?
Minha namorada sempre fala sobre isso.
A: É muito bom. Anos atrás, quando eu vim pra Nova York
sozinha, minha amiga me levou lá. Foi uma espera de três horas e eu tava tipo
“Cara, nós não vamos esperar três horas.” Ela tava tipo “Eu to te falando, vale
a pena.” Eu fiquei e nunca tinha tomado sopa de dumplings antes. Melhor coisa
do mundo.
D: Minha melhor amiga morou aqui quando ela estava na
faculdade. Eu também estava em turnê na mesma época com Julian Casablancas e
obviamente ele é daqui. Ele mostrou Nova York pra gente.
Nada mal – uma turnê por Nova York guiada por um membro dos
Strokes.
A: Eu não quero ficar tão emocional sobre isso mas eles
foram a primeira banda que mudou o que eu achava sobre música.
D: Definitivamente nos fez querer mudar para Nova York.
E: Eles e Felicity. Toda menina da minha idade queria, e foi
o motivo o motivo pela qual ela mudou para Nova York, ser Felicity.
Essa é a série em que ela mudou o cabelo e foi cancelado?
A: Espera, ela muda o cabelo?
Eu não sei se é verdade.
A: Não, cara, ah meu Deus, spoiler! Eu estou na segunda
temporada agora.
Desculpa! Então como foi ontem à noite no Met Ball?
E: Eu senti como se eu estivesse apenas flutuando o tempo
todo. Eu acho que meus pés não tocaram o chão uma vez. Foi como estar em um
sonho.
D: Sim, nós somos uma banda, eu nunca tinha usado um vestido,
mas era tipo, eu topo pela causa.
Eu sempre me pergunto como você janta nesses lugares
chiques...
E: Apenas coma. Eu comi tudo.
O que acontece se você derrubar mostarda no seu vestido de
um milhão de dólares?
E: Localização muito estratégica do guardanapo.
A: Eu só fiquei surpresa que eu não tropecei nenhuma vez.
E: Eu tropecei.
A: Este tropeçou no segundo em que ela chegou lá. Oops!
Vocês encontraram a Beyoncé?
D: Nós encontramos a Clair [Boucher], Grimes.
A: Eu não vi a Beyoncé. Todos os músicos de festivais meio
que ficam juntos. Florence Welch dançou muito; em um ponto da noite eles
tiveram uma seção inteira onde estavam tocando os melhores hits do Prince, e a
gente e a Florence e a Grimes estávamos pulando tanto – em vestidos e sapatos
muito caros.
E: E brincos muito pesados.
Eu quero perguntar a vocês sobre o Prince, porque sei que
são grandes fãs.
A: Nós perdemos tantos artistas incríveis esse ano, é como
um tiro toda vez. Mas com Prince especificamente, quando eu vi as notícias eu
estava tipo “De jeito nenhum.” Eu contei a Este e ela estava na rodovia
chorando.
E: Provavelmente a pior hora que alguém poderia me contar
algo assim: enquanto estou dirigindo. Eu tive uma reação visceral. Ela era,
tipo, tudo para mim. Eu o assisti mais de dez vezes. [Eu fiz música] com as
esperanças de que talvez um dia ele ouviria e ficaria tipo “essas meninas são
ok.” Esse era honestamente meu plano maligno.
Eu vi um vídeo de vocês com o Prince no Especial de 40 Anos
do Saturday Night Live. Como aquilo aconteceu?
A: Nós ficamos muito amigas da Maya Rudolph. Ela está em uma
banda cover do Prince chamada Princess. No SNL40 ela nos agarrou e estava tipo
“vamos tocar uma música do Prince.”
D: Eu estava pra pegar a guitarra e o Jimmy Fallon olhou e
falou “Eu ouvi que o Prince está no prédio.” E todo mundo se cala tipo “Não,
sério, se o Prince está no prédio, venha ao palco agora,” e literalmente um mar
de pessoas se abre e Prince aparece com a sua banda.
A: Tinham tipo 30 sentimentos diferentes rolando nos nossos
cérebros.
Isso é enorme. Outro momento grande tem que ser a abertura
da 1989 tour. Tem algo que vocês pegaram de ver a Taylor Swift de perto?
D: Algo que ela faz muito bem é fazer um local enorme ficar
pequeno, como a parte do show que era só ela e a guitarra, e todo o estádio
estava cantando junto.
Tocar na frente de tantas pessoas naquela turnê deve ter
sido assustador. Foi aquele o momento em que vocês perceberam que conseguiram?
E: Nós conseguimos? Eu acho que nós não alcançamos esse
momento.
D: Mas eu definitivamente acho que quando nós recebemos a
ligação para tocar no SNL, aquele foi um momento em que a gente estava tipo “Eu
não acredito que isso está acontecendo.” Nós assistimos todos os sábados
[quando estávamos crescendo].
E: Eu me vesti como a Mary Katherine Gallagher, uns quatro
anos atrás.
A: Este, quando ela pegou seu diploma da oitava série, eles
estavam tipo “Este Haim.” Ela pegou seu diploma e falou “Superstar!” Nós
estávamos morrendo.
E: As mulheres no SNL eram tão irreverentes e nós estávamos
nos divertindo. Ver alguém confiante e se divertindo é a coisa mais atraente
que você pode achar em um ser humano.
Eu acho que isso é parte do que as pessoas amam em vocês.
E: Isso é algo que achamos muito atraente em artistas e
pessoas em geral: ter confiança de ser quem você é e não se desculpar por isso.
Vocês não lançaram muita música desde seu álbum de 2013 – as
pessoas estão ansiosas para as coisas novas. Vocês mantiveram a demanda em
alta.
E: Sempre deixe eles querendo mais.
Isso diz algo sobre quão bom é o primeiro álbum.
E: O primeiro álbum foi sete anos de vários pontos de nossas
vidas e lidar com relacionamentos e mágoas e términos. Tinham três perspectivas
diferentes de três pontos diferentes na vida de uma menina. E isso é tipo o próximo
capítulo naquela história.
Por onde você começa a compor um álbum do nada?
A: Você só tem que continuar compondo. Nós voltamos de uma
turnê de dois anos e meio. Nós fomos de 100 milhas por hora e depois voltamos
para casa tipo...
E: Viver na casa dos nossos pais.
A: Eu estava literalmente de volta ao meu beliche com meus
adesivos dos Power Rangers do lado e eu estava tipo “Eu não estou acordando para
uma passagem de som, eu não estou tipo, em um ônibus em movimento.” Eu estava
acordando e minha mãe estava tipo “Oi!”
Como estão indo as gravações?
E: Estão ótimas. Eu só quero que termine para que a gente
possa fazer turnê.
Como vocês sabem quando uma música está pronta?
E: Essa pergunta é antiga.
A: Você nunca realmente sabe.
E: Eu acho que é quando eu toco para o cachorro do meu
vizinho e ele balança sua cabeça. Porque ele ama música. Se o Charlie gosta, é
uma música boa.
Vocês estão no estúdio todos os dias, apenas trabalhando,
como em um trabalho diário?
E: Nós estamos fazendo coisas diferentes, mas
definitivamente nos vestimos para ir trabalhar e focar naquilo. Esse processo é
mais criativo no sentido de que nós não necessariamente sabemos onde estão
todos os pequenos bolsos que estamos tentando preencher. Então tem sido muito
divertido, experimentando coisas diferentes, tocando com instrumentos
diferentes.
Quais são os instrumentos que eu vocês têm tocado?
E: Eu não diria instrumentos, é mais como sons. Quer dizer,
não vai ter um sousafone. Desculpa.
A: Eu vou aparecer com uma tuba.
E: Não tem tocadores de tuba.
A: Eu sempre quis tocar um instrumento de sopro. Talvez no
terceiro álbum eu apareça com uma trombeta ou uma tuba.
E: Bata com uma trombeta.
A: Isso seria incrível.
E: Eu sei ler tuba, porque eu leio clave de baixo. Mas eu
toquei flauta no ensino fundamental, eu fazia parte de um grupo de meninas
chamado Tutty Fruitys.
A: Você sempre será uma Tutty Fruity de coração.
Tradução: Lorena Lima
HAIM fala sobre Prince, Met Ball e próximo CD
Reviewed by Lorena Lima
on
22:45
Rating:
